John Stuart Mill é considerado um dos grandes representantes da tradição liberal. Não obstante tal consideração possuir plausibilidade, é possível afirmar que a filosofia prática de Mill guarda relação de similitude com outra tradição do pensamento político ocidental: o republicanismo. Este artigo objetiva apresentar um aspecto que aproxima as propostas de Mill das teorias republicanistas, mais precisamente, das propostas da chamada teoria neorromana de republicanismo. Para apresentar o aspecto supramencionado, este artigo recorre a uma obra de Mill que não é (...) imediatamente associada à sua teoria da liberdade, a saber, a obra A sujeição das Mulheres. (shrink)

resumo : Este artigo tem por objetivo explorar as possíveis relações estabelecidas entre ciência e a tecnologia a partir de três modelos teóricos distintos. O primeiro modelo teórico é chamado de hierárquico e pressupõe uma relação de subordinação entre ciência e a tecnologia. O segundo modelo é denominado de não hierárquico e sustenta que ciência e a tecnologia se encontram fundidas de tal modo que não faz mais sentido tentar entendê-las separadamente. Por fim, o terceiro modelo teórico designado de emancipatório (...) explora alguns elementos que permitem compreender a ciência e a tecnologia ainda como atividades distintas, embora possam trabalhar conjuntamente algumas vezes.: This paper aims to understand the possible relations between science and technology from three different theoretical models. The first theoretical model is called hierarchical and implies a subordinate relationship between science and technology. The second model is called non-hierarchical and argues that science and technology are fused so that it makes more sense to try to understand them separately. Finally, the third theoretical model is called emancipatory and explores some elements that allow us to understand science and technology as separate activities, although they may sometimes work together. (shrink)

Neste breve artigo serão consideradas comparativamente as passagens dos diálogos platônicos Fédon (Pl. Phd 60b1-5) e Filebo (Pl. Phlb 46a8-11) nas quais Sócrates recorre à atitude comum de coçar a pele como ponto de partida para reflexões sobre a relação interdependente do prazer e da dor, mediada pelo corpo. As duas passagens serão estudadas pela lexicografia, no estudo dos termos gregos empregados pelo filósofo em comparação com o sentido das traduções em português utilizadas. Essa abordagem servirá para investigar a natureza (...) comum de ambas sensações, contribuindo para o ensino de Platão nos gestos e palavras de Sócrates. (shrink)

O presente texto tem o objetivo de resgatar as contribuições da Semiologia Política proposta por Luís Alberto Warat. O texto foi estruturado em seis momentos distintos. O texto tem início com a apresentação da reviravolta linguística da filosofia. A seguir, analisa os principais conceitos desta perspectiva filosófica e verifica a incorporação destes conceitos pela teoria jurídica. Num quinto momento, apresenta a Semiologia Política e, na sequência, destaca o conceito de senso comum teórico. Na elaboração do texto, o método utilizado foi (...) o método hipotético-dedutivo e a técnica de pesquisa utilizada foi a técnica da pesquisa bibliografia. (shrink)

O texto expressa uma investigação filosófica sobre a pandemia provocada pelo coronavírus. Primeiramente, realizamos a caracterização e a contextualização da crise tecnocientífica. Em seguida, verificamos que muitos dos problemas teóricos problemas enfrentados pelos pesquisadores que lidam com questões associadas à pandemia já foram identificados e abordados por diferentes filósofos da ciência, demonstrando que a filosofia também pode ajudar na compreensão adequada da pandemia. Depois disso, o texto apresenta uma reflexão sobre a pandemia a partir da filosofia da tecnologia, demonstrando as (...) valiosas contribuições que essa área pode oferecer para a resolução dos problemas complexos das mais variadas naturezas. Em síntese, trata-se de um ensaio filosófico em defesa da ciência e da tecnologia. (shrink)

O presente texto tem como propósito identificar as características elementares da explicação tecnológica. Assim, num primeiro momento procuramos justificar a importância de estabelecermos uma investigação filosófica sobre a explicação tecnológica, contextualizando a temática, demonstrando a multiplicidade de elementos que podem ser contemplados por ela e salientando suas especificidades. Em síntese, a primeira parte do trabalho será dedicada às perguntas e aos tipos de questionamentos que a explicação tecnológica pode responder. No segundo momento, esclareceremos que ela contempla necessariamente dois elementos dos (...) artefatos técnicos, a saber, o estrutural e o funcional. Em síntese, a explicação tecnológica precisa elucidar os componentes físicos e materiais constituintes dos artefatos técnicos que, por sua vez, são portadores de uma determinada função. Além disso, faz-se necessário ilustrar como é possível atribuir e/ou implementar uma função em determinado artefato. Por fim, busca-se apresentar os desafios e os problemas em aberto que ainda perpassam a explicação tecnológica. (shrink)

Em "Do útil e do honesto" Montaigne indaga se, na defesa do Estado, haveria limites éticos para a ação do príncipe. O príncipe deve pautar-se pelo útil ou pelo honesto? Argumenta que o "devoir publique" é o limite da dedicação do súdito a um príncipe, o qual deve preservar a liberdade de julgamento. Ir além dos limites da consciência no serviço público é arriscar a confiança dos outros na veracidade de suas próprias palavras. Não há razão superior à razão de (...) consciência. Enquanto para Maquiavel o conceito de utilidade é fundamental, para Montaigne o útil não é o honesto. Ainda que a utilidade pública, mesmo que por uma "razão mais geral", obrigue à desonestidade, a moralidade deve vigorar no espaço público. A honestidade, no interior do espaço público, é uma força instituinte da sociedade política. Todavia, a pretensão à verdade e o cuidado com a "paix publique" são definitivamente distintos. Montaigne afirma a incompatibilidade entre a moral e a política, mas almeja um príncipe que não ignore o honesto. In "Of the useful and of the honest" Montaigne questions if, in the defense of the State, there shoud be any ethical limits to the action of the prince. Must the prince be guided by the useful or the honest? He argues that the "devoir publique" is the limit subjects have to respect in their dedication to the prince, preserving their freedom of judgment. In public affairs, going beyond the limits of conscience is risking the trust of others in the truth of one's words. There is no reason higher than consciousness. While, according to Machiavelli, the concept of utility is fundamental, Montaigne distingishes the useful from the honest. Even if the public utility (hence a "more general reason") may impose dishonesty, morality should prevail in the public space. Within the public space honesty is essential to institute the political society. However, to be truthful and to care about the "paix publique" are definitely different. Montaigne assumes the incompatibility between morality and politics, but not a prince who ignores the difference between the useful and the honest. (shrink)

En la investigación se pretende mostrar, apoyado sobre todo en Gadamer, que entre arte y religión se da un vínculo indisoluble, que dicha relación va más allá del encuentro coyuntural de ciertas épocas, y que para acceder a dicho vínculo es necesario replantear la manera como, desde una óptica fundamentalmente disyuntiva, se autocomprenden dichos conceptos. Esto supone, metodológicamente. el señalamiento de la imposibilidad de abordar dicho vínculo si se parte de la delimitación precisa de los conceptos, por lo que se (...) hace necesario más bien partir de la relación misma. Y tematicamente, implica demostrar la artificialidad de los límites en los que se debate la cultura occidental. (shrink)

Today, people are better informed about environmental degradation than ever before. However, this does not imply that people are more engaged toward ecological issues nor are they more committed to achieve greater ecological justice. In this respect, environmental education is paradigmatic: the current generation of young people is, by far and without any doubt, the most knowledgeable and aware of environmental problems thanks, among other things, to the presence since the end of the 20th century of environmental education in primary (...) and secondary school. However, levels of commitment to ecological issues that are significantly higher than before are not observed, except when it comes to individual pro-environmental behavior. How to link environmental awareness with a collective, political, ecosocial and ecocitizen commitment? In order to advance avenues for reflection on this issue, firstly this article presents the elements that characterize the current ecosocial crisis. Secondly, it addresses the ecosocial crisis as a crisis of knowledge that ultimately points to the challenge of transforming the visions of the world. Thirdly, it considers the ecosocial crisis as an opportunity that opens up the possibility of creating new worlds on the planet. Fourthly, the ecosocial crisis is presented as a crisis of contemporary education. Fifthly, it summarizes the two risks to consider in the practice of ecosocial education: the risk of dogmatism and the risk of blaming individuals for global problems. Finally, some clues are proposed that point to the Philosophy for children program as a program that can support the educational practice needed by the current educational and ecosocial crisis, as well as limits recognized risks of ecosocial education. (shrink)

El ensayo recoge las reflexiones sobre el desarrollo histórico y social de dos actividades inherentes al ser humano: la Ciencia y la Educación. La Ciencia, que surge como un nuevo tipo de visión sobre la realidad perceptible, que trasciende otro tipo de explicaciones posibles, entre ellas, las mitológicas o las subjetivas derivadas del sentido común, mediante un proceso que se fue perfeccionando con el paso de los siglos. Y la Educación, vista en sus comienzos como actividad mecánica, instruccional o de (...) adoctrinamiento (relegada al terreno abstracto de la Filosofía), que resurge a mediados del siglo XX tras la debacle de la segunda guerra mundial, como proceso transformador de un hombre nuevo para un mundo nuevo. Por lo cual, el ensayo también analiza la reivindicación de las «Ciencias Sociales y Humanas» como herramienta que posibilitó la construcción de consensos transformadores durante el periodo de posguerra para lograr la recuperación del sentido humano, que es común a los pueblos y naciones como un todo social. Finalmente, el documento aborda la necesidad de investigar en Educación con el fin de entender y mejorar los procesos de enseñanza y aprendizaje, siendoun terreno en el que confluyen otras ciencias afines como la Psicología y la Neurología. Las conclusiones refuerzan el análisis, mostrando la manera armoniosa en que se integran conocimiento y humanismo a través de los procesos de Ciencia y Educación, como reflejo de de la condición humana. (shrink)

El artículo aborda la relación filosofía/literatura teniendo plan en el contexto de la moderna novela latinoamericana. En la primera parte se retoman las discusiones sobre el indigenismo para examinar hasta donde la crítica y el olvido del que fue objeto son justificados. La pregunta, en este caso, es si se trata de un problema filosófico relativo a la representación y, si es el caso, cómo escapa la novela a la filosofía de la representación “indigenista” para hacerse plenamente moderna. La segunda (...) parte describe la influencia del surrealismo en la novela americana, para mostrar cómo la pregunta por lo moderno es una pregunta por el presente que O. Paz logró formular desde muy pronto en sus ensayos teórico-poéticos. La tercera parte plantea la pregunta por los mundos literarios y su relación indisociable con el yo, el punto de vista y el ensamblaje desbordante del concepto de máquina literaria a la imagen del sujeto-escritor. (shrink)

This article explores the sources of the concept of difference advanced by Deleuze and, in particular, the idea of a non-phenomenological difference, understood as internal difference. In the first part, Deleuze’s appropriation of the concepts of memory and duration proposed by Bergson is explored, as if it corresponded with a response to Heidegger’s systematization of Nietzsche, thus opening the concept of forces to others such as heterogeneity, relativity, and multiplicity. The second part contains a dicussion of the hypothesis according to (...) which the immersion in the Bergsonian synthesis of time results in the justification for the reformulation of the eternal return as repetition, the distinctively deleuzian problem of internal difference, and the concept of virtual as the definitive sign of a new plane of immanence for thought. The article concludes by presenting the internal difference from the outside that overflows it and makes it mutate in the whole of Deleuzian philosophy. (shrink)

En el texto «¿Por qué la guerra?» de 1933, Einstein y Freud abordan la posibilidad de educar al hombre contra la barbarie. En él se define el proceso de civilización como un predominio progresivo de la razón que tiende a la eliminación de la crueldad de la esfera social mediante la educación de los instintos primarios. Pero la intrínseca ambigüedad de la violencia (constructora y destructora) en Freud permitiría comprender la guerra civilizada como una forma histórica de crueldad estéticamente tolerable, (...) al estar su violencia ligada a «un cierto grado de hipocresía» del Kulturmenschen necesario para mantener el orden de la civilización. En diálogo con las ideas de Adorno, Elias y Bauman, este artículo examina críticamente las contradicciones dialécticas en torno a la crueldad en el mundo moderno. En él se concluye que el ocultamiento y la negación de la violencia cruel son mecanismos necesarios para mantener la ilusión de una superioridad ética de la civilización sobre la barbarie. (shrink)

No Brasil, diversos grupos de pesquisa apresentam interesse em aprofundar a Educação em outros países latinoamericanos. A presente pesquisa forma parte do grupo “Filosofia e Educação” (Educogitans), Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau, Santa Catarina, Brasil, que tem interesse em aprofundar a problemática epistemológica educacional latino americana. Colômbia é um dos países com uma expressiva produção sobre a referida problemática. Assim, o objetivo da presente pesquisa é identificar e analisar algumas concepções de cientificidade no pensamento epistemológico da educação na Colômbia. (...) Visa aprofundar as concepções de Ciências da Educação por parte de autores colombianos. Também se aprofundará em como consideram o objeto da epistemologia e sua importância para a América Latina. Os dados foram coletados mediante os levantamentos bibliográficos e documentais e interpretados no contexto das perspectivas da epistemologia da Educação na América Latina. (shrink)

Este artículo presenta una revisión crítica de los conceptos fundamentales sobre el tiranicidio –especialmente el recurso al terror de la tiranía–, retomados de fuentes clásicas y medievales por apologistas modernos de la violencia y que han servido históricamente para justificar la crueldad asociada a la praxis revolucionaria. En él se argumenta la inutilidad de los principios de proporcionalidad y de reciprocidad a la hora de establecer límites morales a la crueldad. Igualmente, se demuestra cómo el concepto de crueldad necesaria no (...) alcanza a resolver las contradicciones éticas del uso del terror entre los teóricos modernos de la violencia política. (shrink)

Dr Lloyd maintains that a teacher's commitment is not only compatible with but a necessary condition for successfully teaching religious understanding within the system of public education. As I am in sympathy with this thesis, I do not wish to argue against it but to add some further interpretation of it. Lloyd's thesis deals with a certain process of communication, specified in two directions: first as to its subject , and secondly as to its context . His thesis contains two (...) points: the kind of communciation he has in mind is at least possible and the necessary condition for its success is the commitment of the teacher. (shrink)

L’auteur, après avoir brièvement examiné et discuté le néo-réalisme américain, qui subordonne la philosophie à la science, le logicisme de l’école de Marburg, et l’idéalisme critique de Brunschvicg qui la réduisent à une gnoséologie de la pensée scientifique, et l'idéalisme historiciste de Croce et de Gentile, qui déyalue la science, conclut que la philosophie peut enseigner à la science si eile a la possibilté de saisir la réalité objective, mais qu’elle doit apprendre d’elle à critiquer les principes ou propositions acceptés (...) sans examen suffisant. (shrink)

t. 1. Introducción y teoría del estado. --t. 2. Derecho constitutional comparado.

Este artículo aborda el aspecto poco estudiado de la ambigüedad moral y jurídica del verdugo —quien históricamente ha permitido al poder político la posibilidad de negación de la violencia moralmente repudiable—, a partir del análisis compa- rativo de tres casos míticos e históricos: 1) el suplicio del capitán Añasco a manos de la Gaitana durante la Conquista, 2) el martirio de Becket provocado por los caballeros de Enrique II de Inglaterra y 3) las masacres de liberales en la cordillera occidental (...) colombiana durante la Violencia. Se demuestra que la legitimidad de la violencia cruel se encuentra ligada a los conceptos de deber y sacrificio, pero requiere también una posibilidad de negación que preserve la moralidad de la au- toridad. Un demonio sin instrucciones que ejecuta autónomamente una voluntad colectiva de castigo aparece como mecanismo histórico necesario para modular la relación que el poder político mantiene con la crueldad funcional a sus fines. (shrink)

Desde el siglo XIX, un estado de alerta permanente frente al terrorismo en las democracias liberales modernas ha permitido la coexistencia de una aparente normalidad socio-jurídica y el estado de excepción, el espacio en el que el derecho se suspende a sí mismo para protegerse de una amenaza a su poder. Los actuales medios de policía y espionaje propios de la guerra moderna antiterrorista sirven para poner a prueba la hipótesis benjaminiana de que el Estado debe acudir siempre a una (...) instancia superior de autoridad y legalidad ante la imposibilidad de defender su orden en el marco mismo de la ley. Este artículo analiza en profundidad los conceptos de “violencia” y “excepción” en Benjamin a partir de las reflexiones sobre la pena de muerte y policía de Estado desarrolladas en su ensayo “Para una crítica de la violencia”, puestas en diálogo con las ideas de autores como Beccaria, Schmitt, Agamben y Honneth. (shrink)

Hasta ahora, las discusiones sobre el multiculturalismo se han presentado como una revisión progresista de los límites del liberalismo en cuanto a políticas de inclusión y reconocimiento. Este artículo plantea que la recepción del multiculturalismo en Latinoamérica, si no quiere ser puramente procedimental, puede plantearse como una deconstrucción de los conceptos de Sujeto y Estado. Para ello hemos adoptado el punto de vista de comunidades étnicamente diferenciadas (que Deleuze y Guattari han categorizado como máquinas territoriales), de modo que sus relaciones (...) de poder y sus procesos de subjetivación puedan ser vistos como expresión de lo intraestatal y lo preindividual, respectivamente. Aunque esta diferencia de perspectiva se plantea, básicamente, como un diferendo entre teorías, al final se sugieren criterios para un debate más amplio sobre las relaciones entre Estado y capitalismo alrededor de las condiciones de existencia de las sociedades premodernas. (shrink)

Este ensayo se plantea las relaciones entre dos regímenes de visibilidad: pintura y televisión, que parecen constitutivos de la tradición cultural en Occidente. El propósito es analizar esa relación siguiendo tres estrategias: la primera, traza la genealogía que va del cuadro como modo privilegiado de representación visual a la pantalla como medio privilegiado de simulación; la segunda, rastrea los diferendos y las hibridaciones entre arte y televisión, contrastando el “déficit de realidad” que caracteriza al arte en relación con el exceso (...) de copias, reproducciones y simulaciones de “lo real” que caracteriza la televisión; por último, se sugieren formas de resistencia a las políticas de producción masiva de imágenes televisivas en el mundo actual. (shrink)